domingo, 18 de abril de 2010

ETAPA 3 - Sarkozy critica globalização e apoia plano de Obama

Por Regina Cardeal
Davos, Suíça - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, criticou a globalização, a manipulação do câmbio, a especulação irresponsável e os salários "indecentes" no setor financeiro em seu discurso de abertura do Fórum Econômico Mundial. Sarkozy também apoiou o plano do presidente norte-americano, Barack Obama, para restringir o tamanho e as operações dos bancos dos EUA.
Sarkozy disse a uma ampla audiência de empresários a políticos que o capitalismo precisa se tornar menos consensual, que os banqueiros devem se concentrar nos empréstimos e reduzir seus salários e que os países que deliberadamente desvalorizam suas moedas podem desencadear uma resposta protecionista.
Mais do que tudo, Sarkozy destacou a necessidade de redefinir e reinventar o capitalismo e a globalização. A crise financeira de 2007-2008 e a recessão econômica que se seguiu "não foi só uma crise global, mas uma crise na e da globalização", disse.
Ele usou o discurso para desenvolver um de seus temas favoritos, a emergência do Grupo dos 20 como um formato adequado de governança global. "O G-20 prefigura a governança planetária do século 21".
O presidente francês renovou seus ataques às "manipulações monetárias" em geral e à supremacia do dólar em particular. "Isto não pode ser; temos um mundo multipolar e uma única moeda mundial", afirmou. "Precisamos um novo Bretton Woods", disse, em referência ao sistema de câmbio fixo, mas variável, estabelecido depois da Segunda Guerra.

As informações são da Dow Jones.
Publicado em: 27/01/2010
http://veja.abril.com.br/agencias/ae/economia/detail/2010-01-27-830899.shtml

ETAPA 3 - Clippings - Crise nas ideias econômicas e a euforia

Por Carlos Lessa

A humanidade saiu dos horrores da II Guerra Mundial. A descolonização e a Declaração dos Direitos do Homem deram alento à periferia do mundo. As Nações Unidas poderiam afastar os fantasmas da guerra, da fome, da doença e estabelecer a marcha em direção ao processo civilizatório. Surgiu a Guerra Fria; foram elevados, de forma explosiva, os gastos militares. O avanço tecnológico e científico foram derivados (e sustentaram) da corrida armamentista. Entretanto, no mundo bipolarizado, alguns países periféricos que não se situaram como satélites das duas potências desfrutaram de algum raio de manobra geopolítica para ensaiar projetos nacionais de desenvolvimento.
Ao sonho do Terceiro Mundo de cobrir a distância entre os padrões de vida do Centro e da Periferia, foram contrapostos dois vetos. A contundência neomalthusiana do Clube de Roma afirmou que a pretensão periférica de aproximar seus padrões de vida aos do Primeiro Mundo era um sonho impossível e inatingível pois o consumo crescente de recursos naturais não renováveis conduziria a humanidade ao Apocalipse. O segundo veto foi enunciado por McNamara, em A Essência da Segurança, onde afirmou que o risco da III Guerra Mundial seria derivado do crescimento demográfico explosivo dos países do Terceiro Mundo: tais países - disse, com a suficiência de potência - seriam incapazes de responder por si próprios aos anseios de suas populações e seriam praguejados por rebeliões, revoltas, golpes de Estado, conflitos internos. A alta fertilidade minava a poupança nacional e a periferia não deveria ter qualquer pretensão ao desenvolvimento.
Com a queda do Muro de Berlim acabou a Guerra Fria. Houve a consolidação definitiva de uma superpotência cujo gasto militar é superior à soma do gasto dos nove outros países que lhe sucedem em despesas bélicas. As super-empresas nascidas no útero da superpotência transbordaram suas filiais por todo o planeta. A moeda dominante, após o definitivo sepultamento da conversibilidade em ouro, passou a ser o indexador de toda a riqueza mundial e o sistema financeiro da superpotência, o eixo da vida das nações.
A retórica do Clube de Roma-MacNamara foi, posteriormente, revestida pelo discurso ambientalista. Em sua versão radical, adverte que o progresso humano é uma falácia e apenas acelera a marcha para a destruição do mundo. Não preconiza abertamente o genocídio, porém ele emana desse discurso. Na vertente não radical, fala-se de um hipotético desenvolvimento sustentável, que deixa implícita a necessidade de conter padrões de vida e supõe a necessidade de um "xerife" mundial.
A hegemonia da superpotência não conduziu à redução das distâncias entre o centro e a periferia. Não emergiram novas políticas mundiais apoiadas pela redução do gasto armamentista. Houve a emergência de um discurso ideológico que ressuscitou as ideias liberais da velha Economia Política clássica inglesa. David Ricardo formulou, como teoria do comércio exterior que cada país, se especializando no que fizesse melhor, levaria a economia mundial a seu máximo esplendor. Essa teoria caiu como uma luva para a Inglaterra de então, pois exportaria suas produções industriais e importaria do resto do mundo os alimentos e matérias primas que necessitasse.
A versão atualizada pelos EUA prega a "globalização". A economia mundial, pelo livre jogo dos mercados e com moedas flutuantes, seria convertida em um espaço para a livre circulação das mercadorias, das empresas, dos capitais e, por si só, caminharia para a civilização. Essa doutrina é perfeita para a superpotência que controla a moeda mundial, dispõe dos principais bancos e do mais forte mercado de capitais e espalhou suas filiais, suas marcas e aspirações de consumo pelo planeta. A atrofia das soberanias nacionais e eventuais pretensões desenvolvimentistas é um corolário do discurso pró-globalização. A hipocrisia neoliberal não preconiza a livre movimentação de força de trabalho e populações. Assim sendo, a questão social fica circunscrita à nação despojada de seus instrumentos discricionários. Cada nação da periferia deve, por esse discurso, confiar na livre movimentação financeira e na total passividade em relação aos procedimentos das frações de capital do exterior. É um corolário congelar os padrões de vida e preservar as distâncias entre o centro e a periferia. O calcanhar de aquiles está na enorme dependência do padrão de vida da disponibilidade de recursos energéticos não renováveis. O Primeiro Mundo consome mais de quatro vezes petróleo por habitante que a periferia mundial. É impossível, frente ao declínio dessas fontes energéticas, reduzir a distância centro-periferia.
É óbvia a contraposição entre o discurso da globalização e o da sustentabilidade da economia mundial. A última crise financeira deveria conduzir a reflexão mundial a uma discussão, em profundidade, desses dois temas.
A revista "Veja" de 24 de março exalta Robert Shiller, que descobre a pólvora: "a natureza humana é prisioneira de impulsos irracionais e, por conseguinte, é uma mentira que os mercados são sempre reacionais e eficientes". Shiller é um economista ultra-conservador que, frente à crise, vai provavelmente investigar técnicas de pesquisa sobre a animalidade que pode dominar mercados e, se construir modelos, poderá ser um candidato ao Prêmio Nobel. O UBS, o maior banco suíço, afirmou em 26/3/2010, que há uma bolha no mercado de ações brasileiro, enquanto, no mesmo dia, o super banco americano JP Morgan afirmou que a economia no Brasil está aquecida e o real está supervalorizado.
Esses avisos estão na contramão da euforia brasileira. Os dois arautos do superaquecimento receberam como resposta do Banco Central brasileiro que o Brasil pode impedir um crescimento maior de 2% ao ano. mediante a retirada de incentivos fiscais e aumento da Selic, a taxa básica de juros. O BC, que apoiou o intenso endividamento das famílias, não se preocupa com a atrofia de empregos de qualidade nem com a queda de renda das famílias endividadas; afinal, sabe que o empresário de bom senso não vai investir em ampliação de capacidade produtiva frente a sua enfática declaração contra crescimento e permanecerá atraído para aplicações rentistas para desfrutar da taxa de juros real brasileira firme no pódium da especulação financeira mundial.
No Brasil, em vez da bolha imobiliária da crise norte-americana, temos a bolha da venda a longo prazo com cláusula de recuperação do bem. Se o emprego e a renda do endividado com dezenas de prestações não crescerem, a bolha estoura e os financiadores vão ter uma enorme quantidade de veículos sem garagens para armazenamento. Sem investimento produtivo voltado para o mercado interno e a partir de um projeto nacional, o Brasil apresentará ao mundo uma nova forma patológica de "espírito animal" capitalista.
Publicado em: 8/04/208
Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa é professor emérito de economia brasileira e ex-reitor da UFRJ. Foi presidente do BNDES.
Fonte: http://www.valoronline.com.br/a-crise-nas-ideias-economicas-e-a-euforia
Processos de Globalização
Até a Revolução Industrial, o processo de mundialização da economia foi vagaroso, devido às limitações nos transportes e nas comunicações. Com a Revolução Industrial e a liberação do Capitalismo para suas plenas possibilidades de expansão, a globalização deu um salto qualitativo e muito importante.
A ampliação dos espaços de lucro conduziu à globalização. O mundo passou a ser visto como uma referência para obtenção de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas. Num primeiro momento, a globalização foi também o espaço para o exercício de rivalidades intercapitalistas e resultou-se em duas guerras mundiais. Ao longo do século XX, a globalização do capital foi conduzindo à globalização da informação e dos padrões culturais e de consumo. Isso deveu-se não apenas ao progresso tecnológico, mas - e, sobretudo - ao imperativo dos negócios. A tremenda crise de 29 teve tamanha amplitude justamente por ser resultado de um mundo globalizado, ou seja, ocidentalizado, face à expansão do Capitalismo. Ao entrarmos nos anos 80/90, o Capitalismo, ingressou na etapa de sua total euforia triunfalista, sob o rótulo de Neo-Liberalismo. Tais são os nossos tempos de palavras perfumadas: reengenharia, privatização, economia de mercado, modernidade e - metáfora do imperialismo - globalização. Os avanços tecnicocientíficos (informática, cabos de fibra óptica, telecomunicações, química fina, robótica, bioteconologia e outros) e a difusão de rede de informação reforçaram e facilitaram o processo de globalização. Estabeleceram um intercâmbio acelerado (reduzindo o espaço e o tempo), não só na esfera econômica (mercados, tecnologia de produção), mas atingindo também, os hábitos, os padrões culturais e de consumo.A classe trabalhadora, debilitada por causa do desemprego, resultante do maciço investimento tecnológico, ou está jogada no desamparo, ou foi absorvida pelo setor de serviços, uma economia fluida e que não permite a formação de uma consciência de classe. No momento presente, inexistem abordagens racionais e projetos alternativos para as misérias sociais, o que alimenta irracionalismos à solta.

http://www.brasilescola.com/geografia/processos-globa.htm

Etapa 3 - Avanço do Capitalismo: Seus custos e benefícios

A origem do capitalismo está situada na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. É marcada pelo surgimento de uma nova classe social chamada burguesia que desenvolvia atividades comerciais para obter lucros. Dentro desta classe podemos ver os banqueiros e cambistas. As tendências capitalistas podiam ser expressas nestes profissionais através do acumulo de riquezas, controle do sistema de produção e necessidade / interesse pela expansão dos negócios e aumento das desigualdades sociais.
Com as grandes navegações a burguesia busca encontrar e desenvolver suas riquezas fora da Europa, buscavam-se metais preciosos, especiarias e matérias primas e este interesse financiado pela monarquia faz com que estes desbravadores alcancem o continente Americano.
Em relação à intensificação e alteração do processo de produção, a Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra no início do século XVIII fortaleceu o Sistema Capitalista, já que a alienação da mão de obra garantiu ao empresário aumentar sua margem de lucro motivado pela rapidez na produção e a produção em massa, logo baixa nos preços dos produtos. No entanto, os pontos negativos podiam ser vistos através do desemprego, baixos salários, falta de condições de trabalho, etc.
Já no século XIX, os países europeus passaram a incluir a Ásia e a África no sistema capitalista, mas de forma exploratória, tanto da matéria prima quando dos cidadãos destes países. Além disso, estes continentes foram continentes a consumir produtos industrializados dos países europeus.
O século XX é marcado pela evolução do sistema bancário e das instituições financeiras – quase as totalidades dos capitais em circulação passam pelo sistema financeiro. Além disso, houve no último século, a diversificação das unidades produtivas e sua especialização, de forma que grandes corporações conseguem desenvolver tecnologia em um país, ter unidades industriais em outro e ainda comercializa estes produtos em um terceiro país.
Além disso, o desenvolvimento acelerado dos meios de informação e comunicação e da tecnologia permite o comercio e outras transações bancárias de forma virtual. A globalização que se desenvolveu no seio do capitalismo, não tem de fato apenas características econômicas, mas interfere também nas relações sociais, sendo assim, através da internet, é possível conectar-se com outro indivíduo do outro lado do mundo em tempo real.
Enfim, as transformações que o mundo passou desde as expansões marítimas e que de forma rápida e dinâmica continua nos dias de hoje, são inquestionáveis. O que deve ser discutido a partir de então são os benefícios e consequências negativas que este processo acaba por gerar. Junto com a aceleração industrial apoiada no desenvolvimento tecnológico vemos o fim de várias frentes de trabalho, onde a mão de obra humana é substituída por estratégias tecnológicas. O desemprego é real e a globalização sucinta novos aprendizados e qualificações, mas todos sabem que em um mundo onde as diferenças sociais e culturais são chocantes, é fácil saber que aqueles que pertencem às classes mais ricas da sociedade é que estarão no poder das grandes corporações, no poder político e outros setores da sociedade, controlando os demais. É de se saber também que os benefícios que se tem através do capitalismo e da globalização são altos, mas ainda não se tem ao certo que custos este “rápido desenvolvimento” pode gerar. As sociedades mais pobres nos continentes mais explorados e o meio ambiente são expressões ainda simples destes custos.

Leitura das Matérias:

• Reportagem revista veja “A vitória dos ricos na globalização”, 29/05/2002. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/290502/p_096.html
• Entrevista com Nicholas Stern, “Globalização não é um jogo inocente”. Disponível em:
http://www.globalizacion.org/entrevistas/SternGlobzBancoMundial.htm
• Texto de François Chesnais “Mundialização: o capital financeiro no comando”. Disponível em:
http://henriquesartori.com/fotos/aulas/1207407185.pdf

ETAPA 1 - UE apoia ideia de imposto bancário em carta ao G20

Sim, o mercado como centro das interações entre os estados é o que podemos verificar quando o assunto é discutir impostos bancários colocados pelo G20. Neste caso as idéias de uma globalização agrupando relações culturais ou de outra natureza, não confere com a matéria. Ela coloca que eles se apóiam para proteger suas economias, mas não debatem assuntos relacionados com a geração de emprego ou melhoramento da renda nos seus Estados. Isso dependerá das decisões tomas pelos Estados e pelo humor do mercado, com base nos investidores e saúdes econômicas.

Leia na integra:
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201004131648_RTR_1271177332nN13253405&idtel=

ETAPA 1 - Sarkozy se mostra 'confiante' na compra de aviões Rafale pelo Brasil

O interesse do Brasil de comprar os aviões da Empresa Francesa é estritamente para proteger seu próprio território e proteger seu pré-sal, que trará muito lucro para o seu país e fortalecer seu mercado. O interesse da França de vender e transferir tecnologia é simplesmente para fortalecer a empresa fornecedora e sua economia. Desta forma as idéias de globalização de Held não confere com os interesses dos Estados de fortalecer relações colocados por ele, e sim estritamente de fortalecer suas economias.

Leia na integra:
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1568139-5601,00-SARKOZY+SE+MOSTRA+CONFIANTE+NA+COMPRA+DE+AVIOES+RAFALE+PELO+BRASIL.html

ETAPA 1 - BID quer elevar a 80% recursos para energia renovável

O BID deseja aumentar e destinar pelo menos 80% dos recursos disponíveis para países como o Brasil e países do Caribe para a produção de energias renováveis. Estão preocupados com lucro, claro que isso ocorrerá, mas a maior preocupação neste caso é haver energia renovável disponível para todos, com o intuito de diminuir a emissão de gazes poluentes na atmosfera e preservar o meio ambiente. Mais uma vez que a decisão de liberar crédito para países produtores de energia renovável não visa somente a influencia do mercado nos países e sim o interesse de todos os Estados.

Leia na integra:
http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/bid-quer-elevar-80-recursos-energia-renovavel-541997.html

ETAPA 1 - Premiê holandês propõe criar tribunal em Haia para julgar questões nucleares

Tribunal de Haia é famoso no sistema internacional por julgar casos que ocorrem no Sistema Internacional. O premie da Holanda propôs então que assuntos referentes aos artefatos nucleares deveriam ser julgados como crime pelo sistema internacional, quando qualquer material que possa se tornar uma arma nas mãos de terroristas, sejam fornecidos a qualquer um. Mais uma vez este artigo mostra que a idéia de Beck sobre o mercado como centro da globalização, não corresponde com o sistema internacional vigente, já que a globalização diminui o espaço e o tempo entre os Estados, pois esta decisão que necessitaria de um tratado, influenciaria a todos do sistema internacional, e não somente os paises envolvidos (o Estado que tem terroristas e o Estado atingido), e nem mesmo no campo econômico, atuando em outra frente, como o da segurança mundial.

Leia na integra:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1568268-5602,00-PREMIE+HOLANDES+PROPOE+CRIAR+TRIBUNAL+EM+HAIA+PARA+JULGAR+QUESTOES+NUCLEARE.html